domingo, 9 de março de 2008

Asas da poesia







Carlos Terra

Nos meus versos me transporto
Ganho asas pra voar
Subo no mais alto monte
Desço ao mais profundo mar

Nos meus versos eu sou livre
Sem limites sem barreiras
Não me prendo a tempo e espaço
Não aceito as fronteiras

Nos meus versos sou herói
Sou galante cavalheiro
Bravo, justo e destemido
Belo, amante e aventureiro

Nos meus versos sou mambembe
Sou poeta, sou cantor
Levo encanto e fantasia
Nos lugares aonde vou

Nos meus versos eu divago
Lá no espaço, aqui na rua
Posso tocar as estrelas
Posso passear na lua

Nos meus versos eu sou sério
Mas também posso brincar
Sonho que estou acordado
Ou acordo pra sonhar

Nos meus versos sou passado
Sou presente sou futuro
Sou o dia, sou a noite
Sou o claro e o escuro

Nos meus versos dou de barro
De cristal, até de ouro
Se quiser sou sem valor
Ou então nobre tesouro

Nos meus versos sou a pedra
Sou o fogo, sou o ar
Posso ser até a brisa
Quando quero te abraçar

Nos meus versos posso ser
Eu, você quem eu quiser
Velho, jovem ou menino
Ser um homem, ser mulher

Nos meus versos eu sou fera
Sou cordeiro, sou leão
O mergulho de um peixe
O voar do gavião

Nos meus versos sou a morte
E a tristeza dos errantes
Também posso ser a vida
E a alegria dos amantes

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